Temer afirma que afastará ministros denunciados na Lava Jato

Publicado em: 13 de Fevereiro de 2017

O presidente Michel Temer fez no começo da tarde desta segunda-feira um pronunciamento a respeito do andamento da Operação Lava Jato, que investiga irregularidades relacionadas à Petrobras. O chefe de Estado garantiu que não quer e não vai blindar nenhuma pessoa e disse que, se houver denúncia, o que significa conjunto de provas que possam conduzir ao seu acolhimento, o ministro que estiver denunciado será afastado provisoriamente. Se acolhida a denúncia e ele virar réu, o afastamento é definitivo.

Segundo Temer, o governo federal jamais poderá interferir em uma matéria que é de responsabilidade de outros órgãos. Durante o pronunciamento, Temer também falou sobre a greve de policiais militares no Espírito Santo. "O que houve lá, por força de um movimento iniciado por esposas de PMs, foi uma insurgência contra o texto constitucional. Se outros episódios vierem a acontecer, será aplicado o texto constitucional, que proíbe greve", explicou.

O presidente ainda comentou que o governo deve usar as Forças Armas para garantir a ordem em cidades brasileiras que sofrerem o mesmo tipo de situação que Espírito Santo. "O governo federal resolveu colocar as Forças Armadas à disposição de toda e qualquer hipótese de desordem no território brasileiro", avisou. 

A paralisação no Espírito Santo já dura nove dias e começou a partir de uma mobilização das esposas de policiais militares. A Secretaria de Segurança Pública do Espírito Santo informou, ontem à noite, que 1.236 policiais militares atenderam ao chamado do comandante-geral da Polícia Militar (PM), coronel Nylton Rodrigues, nesse domingo, e voltaram a patrulhar as ruas do estado. A corporação conta com 10 mil homens, mas, em dias normais, o policiamento é feito por um efetivo de 2 mil PMs.

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