Seleção feminina perde para Suécia nos pênaltis e está fora da final olímpica

Publicado em: 16 de Agosto de 2016

Foi um "Suecazazo". A geração de Marta, Cristiane e Formiga está fora da final olímpica. Jogando em casa, com o apoio da torcida que adotou a Seleção Brasileira desde a estreia, o time acabou derrotado nos pênaltis para a Suécia por 4 a 3 na tarde desta terça-feira, no Maracanã depois de um empate sem gols no tempo normal e na prorrogação. Andressinha e Cristiane desperdiçaram.  Schelin, Seger, Fischer e Dahlkvist marcaram para a Suécia. Pelo Brasil, Marta, Rafaelle e Andressa Alves acertaram.

As suecas, aguardam o vencedor de Canadá x Alemanha que se enfrentam hoje à tarde. A decisão será na sexta-feira, 17h30min. O Brasil disputa o bronze também na sexta, só que mais cedo, 13h, no Maracanã.

O calor – mais de 25ºC – não foi empecilho para o Brasil. Comandado por Marta, que assumiu a responsabilidade, o time empurrou a Suécia para dentro do seu campo desde o apito inicial. A torcida, empolgada, gritava e acreditava que o gol não iria demorar a sair. Porém, as suecas formaram duas linhas de quatro na frente da defesa e se seguraram.

Trocando passes e invertendo de lado, o Brasil tentou surpreender a defesa sueca, mas não obteve sucesso. Marta, na direita, arriscava dribles e cruzamentos. Debinha e Bia, bem marcadas, não tiveram chances claras. O primeiro chute do Brasil contra o gol de Lindahl ocorreu aos 5 minutos. Formiga arriscou de fora da área. A bola saiu fraca. A seleção seguia pressionando, mas numa bobeira, após lançamento longo de Fischer, Schelin recebeu cara a cara com Bárbara. O chute saiu por cima. Foi um susto.

Ficou evidente o jogo da Suécia. Se defender, defender e esperar uma chance. Aos 39 Blackstenius avançou em contra-ataque, colocou Tamires para dançar, mas cruzou errado, para ninguém.

Depois disso, o Brasil fez uma blitz na frente da defesa sueca. Aos 9, Marta, na direita, tentou o passe para Andressa Alves nas costas de Samuelsson. A sueca fez o corte na hora em que a atacante brasileira se preparava para o chute. Aos 15, Debinha arriscou de fora da área. A melhor chance do Brasil veio aos 22. Tamires cruzou na cabeça de Debinha. Ela deu um testaço. A goleira Lindhal espalmou para escanteio.

Marta chama a responsabilidade

Marta, numa cobrança fechada de escanteio quase provocou o gol contra da jogadora Dahlkvist. Tirou tinta do poste. Marta, aos 27, driblou a marcadora com categoria e cruzou para a área. Ninguém alcançou. Aos 31, Marta passou para Formiga dentro da pequena área. A veterana da seleção bateu para fora. O Brasil ainda teve mais uma chance com o cabeceio de Bia, mas foi fraco e no meio do gol. Facilitando a vida da goleira sueca.

Nova postura da Suécia

A Suécia começou o segundo tempo retardando o jogo. Tiro de meta e lateral demoravam uma eternidade. O Brasil seguiu impondo o ritmo do jogo. Marta, aos 3 minutos, recebeu passe de Andressinha, ficou cara a cara com Lindahl, mas perdeu o ângulo para o chute. Em seguida, linda jogada de Bia. Ela deu um balãozinho em Rubensson e bateu de pé esquerdo. Passou perto.

O time sueco adiantou a marcação e forçou o Brasil a alçar bolas. Nos contra-ataques, levaram perigo aos 14 minutos numa bobeira brasileira. A goleira Bárbara errou o passe, deu nos pés de Seger, que tocou para Blackstenius, livre chutar. A bola saiu fraca. A seleção não conseguiu impor o mesmo ritmo – cansaço e postura diferente da Suécia: adiantada e com força na marcação. Os chutes de fora da área não acertavam nem a direção do gol. Aos 18 minutos, a defesa sueca falha e a bola sobra para Bia, que chuta muito mal.

Susto e resposta de Marta

A partir dos 20 minutos, as suecas passaram a se soltar mais em direção ao ataque. Numa cobrança de falta de Asllani, aos 27, a bola, com efeito passou por todo mundo. O Brasil respondeu com Marta. Numa grande jogada individual, a camisa 10 da Seleção, arrancou em velocidade, driblou as marcadoras e chutou. A goleira da Suécia caiu para fazer a defesa. Depois disso, o Brasil encurralou as suecas, mas sem a mesma qualidade na troca de passes. Era tudo na base do abafa. Nos acréscimos, o Brasil teve uma cobrança de falta. A bola viajou por toda a área e Formiga apareceu entre as zagueiras para cabecear. Lindahl fez a defesa e a juíza apitou o final do jogo.

Prorrogação

A partida começou com os dois times trocando passes quando tinham a posse de bola, mas sem profundidade. O Brasil seguiu nos lançamentos longos. O Brasil tomou um susto aos 8 minutos do primeiro tempo. Asllani cobrou escanteio e Schelin cabeceou com força. A bola passou muito perto do gol. Bárbara ficou parada no lance. No segundo tempo, o Brasil começou em cima. Partiu para um tudo ou nada. Errava no penúltimo passe. Num contragolpe, Andressinha perde a bola e a Suécia sai em contragolpe. Scheli recebeu dentro da área e finalizou na rede pelo lado de fora. Aos 11, Marta bateu falta perigosa. E foi só. A vaga seria mesmo decidida nos pênaltis.

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