Psicóloga alerta sociedade sobre casos de Bullying em Fontoura Xavier

Publicado em: 8 de outubro de 2021

Dados mostram que, um em cada dez estudantes sofre de bullying no Brasil. A Psicóloga Janice Noronha Gomes de Fontoura Xavier, tem acompanhado todas as escolas da rede municipal de ensino e tem percebido comportamentos deste gênero dentre crianças e adolescentes na escola.

Ela explica e alerta para os casos que podem ser letais. O termo bullying é de origem inglesa, usado para caracterizar todo ato que inibe verbalmente ou fisicamente outrem, ocorrido no ambiente escolar. “Venho observando que o bullying não começa na escola, mas, sim continua na escola. Quando analisamos a sociedade a qual estamos inseridos, encontraremos muitos hábitos e comportamentos geradores de grande sofrimento, que são considerados normais. Ocorrendo a normose, que nada mais é, a “doença de ser normal”, sendo um conjunto de costumes nocivos que nos levam a infelicidade. Nesse sentido, aderimos uma conduta patógena por que “precisamos” fazer parte da sociedade ou grupo que escolhemos. Desse modo, toleramos desigualdades sociais com muita naturalidade, desviando o olhar muitas vezes para a injustiça que é, a diferença de remuneração entre os gêneros, não ficamos tão escandalizados como deveríamos com diferenças visíveis de tratamento entre as pessoas com base em diferenças econômicas e sociais, não nos comprometemos como deveríamos para ter uma educação mais inclusiva, ingerimos alimentos que causam danos a nossa saúde”, explica.

De acordo com ela, todos esses fatores interferem diretamente no comportamento das crianças e adolescentes, muitas delas veem como normal apelidar o colega, apontando características peculiares dele, ou agindo de forma violenta quando são contrariados. Desse modo, quando os pais ou cuidadores, revisitam o estilo de vida e suas atitudes, passam a desenvolver um melhor autoconhecimento e empatia.  Sendo esta mudança observada pela criança, que também passará a  ter uma capacidade empática e questionadora sobre as situações de violência e exclusão que venha a presenciar no ambiente escolar. “Assim, para escapar do perigoso bullying, precisamos despertar para a letalidade das nossas escolhas, parando para pensar que a competitividade de nossa sociedade não faz o menor sentido, e que a cooperação dará muito mais resultados para a educação de nossas crianças, potencializando suas habilidades e gerando maior inteligência emocional”, alertou.

 

Escrito por: Clic News

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