Professora aposentada, mãe descreve sua vivência passada com o câncer de mama

Publicado em: 17 de outubro de 2023

O câncer de mama e seus tremores de insegurança, tristeza, depressão e o medo de morrer. Certamente é o caso de milhares de pessoas deste mundo, mas não de Nelsa Maria da Cunha. A mulher que foi professora por 25 anos, a esposa do falecido Onofre Assis da Cunha e mãe de Rozelia, Rodrigo e Robson. Aposentada, agora curte a sua vida com ainda mais gratidão e proteção de sua santa, a Santa Terezinha.

Nelsa tem 74 anos de idade, viveu e vive sua vida rodeada de pessoas especiais. Conviveu por 9 anos com Onofre Assis da Cunha, ele faleceu em um trágico acidente, já tinham os seus filhos ainda pequenos, mas sabiam da dimensão que seria perder seu pai. Mesmo assim Nelsa continuou sua vida, educou seus filhos e deu seguimento aos seus ensinamentos.

Entretanto, como nem tudo na vida são flores, ela passou por um momento bem delicado da sua vida, um momento onde ninguém deseja passar. Receber o diagnóstico do câncer de mama.

“Me sinto muito bem hoje em dia. Quando sei que alguém conhecido é diagnosticado com a doença, aconselho que tudo ficará bem e dará tudo certo, pois pensamento positivo te motiva.” – Menciona Nelsa.

Realizo agora um questionário de perguntas para a entrevistada de hoje:

Como você recebeu o diagnóstico?

“Eu sempre fui muito realista, aceitando tudo como era, como se fosse tudo de bom pra mim. Sempre fiz os meus exames anualmente, porque a minha mãe morreu de câncer e as minhas tias todas também, então eu me preveni fazendo os exames. A gente sempre precisa fazer os exames para ter uma saúde sadia. Quando eu recebi a notícia do diagnóstico não me abalei muito, tenho muita fé em Santa Terezinha, pedia sempre pra ela me proteger e me ajudar. Notei que a menina do exame ficava me olhando e dizia pra mim esperar um pouco, ela chamou o médico e os estudantes. Calculei logo que estava com câncer, já estava meia preparada para receber essa notícia.”

Fui à consulta médica e descobri o câncer, mas tinha um jogo de bingo para ir, e fui jogar com as minhas amigas. Não me abalei com a notícia.

E os familiares, de que forma eles reagiram ao receber essa notícia?

“Pra eles foi tranquilo também, eles já sabiam do risco de eu ter pela minha genética. Estavam um pouco preparados, acredito que com o meu otimismo isso ficou evidente para eles me apoiarem e incentivarem o meu alto astral.”

O tratamento durou quanto tempo?

“Fiz quatro quimioterapias, não senti nada. Passava o tempo conversando com as enfermeiras que faziam as sessões de quimio, sempre alto astral. Nunca fiquei abatida por isso, me apeguei a minha Santa Terezinha e segui o tratamento. Fiz também uma cirurgia no seio, para a retirada dele.”

A saúde mental foi prejudicada?

“De maneira nenhuma, consegui seguir meu tratamento, a minha vida bem tranquila. Obedecendo sempre aos cuidados médicos, claro, e vivendo muito bem.”

Qual é o seu conselho para as pessoas e mulher sobre esta e outras doenças?

“Aconselho que façam os seus exames regularmente, que não deixem de fazer, o câncer muitas vezes é uma doença silenciosa. Descubram se possuem a doença no início e serão curados logo logo. O câncer não é um bicho de sete cabeças, precisamos ter pensamento positivo, acreditar em algum santo, Deus e viver a vida, nunca deixar de viver. Se você ficar trancado em casa ou no quarto, é claro que a sua saúde mental e física vai piorar ainda mais. Façam como eu, hoje em dia estou ótima, viajo, jogo canastra e bingo com as minhas amigas e sou feliz.”

Escrito por: Jemily dos Santos Rodrigues

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