Presidente francês confirma queda de avião da EgyptAirt

Publicado em: 19 de Maio de 2016

Horas depois do desaparecimento do avião da EgyptAir, o presidente da França, François Hollande, confirmou nesta quinta-feira que a aeronave, um Airbus A-320, que realizava o trajeto entre Paris e Cairo, caiu. Segundo informações preliminares, o avião transportava 66 pessoas.  

Anteriormente, a informação da queda já havia sido veiculada por representantes da aviação civil grega. O avião teria caído perto da ilha de Karpatos. Uma fragata da Marinha grega, um avião C-130 e uma aeronave militar EMB-145 foram designados para participar das buscas. 

O voo MS804 estava a uma altura de 37 mil pés (11 mil metros) e havia entrado no espaço aéreo egípcio quando desapareceu das telas dos radares às 2h45min do Cairo (21h45min de Brasília, quarta-feira), segundo a Egyptair. A tripulação não enviou qualquer mensagem de socorro, segundo o exército egípcio e a aviação civil grega. 

De acordo com a aviação grega, o piloto da aeronave também não relatou "qualquer problema" em seu último contato. O chefe da diplomacia francesa, Jean-Marc Ayrault, pediu prudência, ressaltando que "nada estava confirmado" à respeito do incidente. "Não se pode descartar nenhuma hipótese sobre as causas do desaparecimento", afirmou o primeiro-ministro francês, Manuel Valls.

A construtora Airbus também se manifestou após o acidente. "A Airbus lamenta confirmar a perda do A320 da Egyptair, voo MS-804", diz a fabricante, que não entra em detalhes sobre as possíveis causas da queda. Segundo a fabricante, o aparelho, registrado sob o número de série MSN 2088, foi entregue à Egyptair em novembro de 2003 – portanto não antigo demais – e era comandado por uma tripulação que tinha 48 mil horas de voo. "Até aqui não temos mais informações. Airbus está à disposição da agência de investigação francesa, o BEA, e das autoridades encarregadas da investigação para fornecer toda a assistência técnica necessária."

Reunião para discutir chance de atentado 

Entre os passageiros do avião, havia 30 egípcios e 15 franceses, além de dois iraquianos, e um britânico, um belga, um português, um canadense, um argelino, um saudita, um sudanês, um chadiano e um kuwaitiano.

Em função da tragédia, uma reunião ministerial de crise foi convocada pelo presidente da França, François Hollande, para discutir a hipótese de atentado terrorista. Tanto a França quanto o Egito são alvos do grupo jihadista Estado Islâmico, e os dois países são parceiros políticos e militares na luta contra o extremismo muçulmano.

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