Polícia confirma que corpo encontrado dentro de geladeira de apartamento de Aracaju é de advogado e jornalista gaúcho

Publicado em: 28 de setembro de 2023

O corpo encontrado dentro de uma mala na geladeira de um apartamento em Aracaju é do advogado e jornalista gaúcho Celso Adão Portella. A informação foi confirmada na manhã desta quinta-feira (28) pela Secretaria de Segurança Pública de Sergipe. O corpo foi encontrado em avançado estado de decomposição por oficiais de Justiça durante uma ação de despejo, no último dia 20. Uma técnica de enfermagem de 37 anos foi presa suspeita de ocultar o cadáver.

A conclusão da identificação foi possível através de informações de prontuários clínicos e hospitalares, além de uma prótese que a vítima possuía. No apartamento, foram encontrados documentos da vítima. Além disso, três filhos de Celso, que moram no Rio Grande do Sul, foram ouvidos pelos investigadores.

A causa da morte ainda é desconhecida. Além da causa, a forma de conservação do corpo serão analisados pelo Instituto Médico Legal.

“Temos todos os elementos possíveis para avançar e concluir o inquérito. Recolhemos vestígios importantes, até mesmo a geladeira e a mala”, disse o delegado Tarcísio Tenório.
Quem é a vítima?
Segundo a família Celso Adão Portella, que hoje teria 80 anos, é natural de Ijuí, no Norte do estado, mas construiu a vida em Porto Alegre.

Celso deixou o estado em 2001, quando a mãe morreu. Ele foi para o Espírito Santo e, depois os irmãos perderam contato. Celso é um de 12 irmãos e deixou quatro filhos no Rio Grande do Sul.

O que diz a suspeita?
Em depoimento, a mulher afirma que o homem era seu companheiro e que o encontrou morto em 2016, após retornar do trabalho. Ela colocou o corpo em posição fetal dentro da mala e escondeu na geladeira por medo do que pensariam sobre a morte dele.

Junto com a mulher no imóvel estava a filha dela de quatro anos, que foi recolhida pelo Conselho Tutelar e encaminhada para a casa de familiares. Lixo e entulhos pelo apartamento.

A mulher também está sendo acusada de maus-tratos contra a criança porque o apartamento estava em situação de insalubridade. O imóvel estava muito sujo e com objetos espalhados. A delegada Roberta Fortes disse que outros vizinhos informaram que o apartamento tinha odor de lixo, mas o mau cheiro do corpo não era sentido.

Atualmente, ela está no Hospital de Custódia, em tratamento psiquiátrico.

Segundo um vizinho da suspeita, ela morava no local há cerca de 12 anos e não costumava receber visitas, mas também não levantava suspeitas.

Esta reportagem está em atualização.

Escrito por: G1 RS

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