Passo Fundo é considerada infestada pelo mosquito da dengue e vigilância pede cuidados para evitar surto

Publicado em: 13 de maio de 2020

Neste ano, Passo Fundo registrou quatro casos importados de dengue. A informação chama a atenção para o trabalho de eliminação dos criadouros do mosquito Aedes aegypti, vetor da doença.

Conforme a chefe do Núcleo de Vigilância Epidemiológica, Ivânia Silvestrin, em entrevista na Uirapuru, o atual período, de transição das altas temperaturas para o frio, é de alerta. Ela destaca que o município é considerado infestado pelo mosquito.

Ivânia explicou que o Levantamento de Infestação seria feito na semana de 30 de março a 3 de abril, mas, como iniciou o isolamento social em decorrência do coronavírus, o Ministério da Saúde suspendeu. De acordo com a chefe, pela população de mosquitos adultos que encontramos na cidade o índice está bem alto, e o risco também. Por esse motivo, os agentes de endemias da Prefeitura continuam realizando visitas nas residências para orientar e identificar possíveis focos, com todos os cuidados para não ter contato devido ao coronavírus.

O Núcleo de Vigilância Epidemiológica pede o apoio de todas as pessoas no combate ao Aedes aegypti, considerando a importância de os moradores receberem os agentes e realizarem uma limpeza recorrente no pátio de suas casas para eliminar água parada.

Ivânia faz um alerta para os sintomas da doença, que podem ser confundidos com alguns sintomas da covid-19. A infecção pode ser assintomática, leve ou grave, dependendo do histórico clínico da pessoa infectada. Entre os principais sintomas da doença, estão febre alta, acima dos 38,5ºC, dores musculares e de cabeça, manchas vermelhas pelo corpo e mal-estar. O que diferencia uma da outra é que a dengue não causa problemas respiratórios. Ivânia explicou que os casos do município são importados de outras localidades, porém como existe um grande número de mosquito fêmea adulta em Passo Fundo, que é o transmissor, se um destes insetos picar uma pessoa infectada, pode disseminar um surto da doença, portanto todo o cuidado é necessário.

Mesmo com a estiagem, onde há água parada ainda existe a proliferação do mosquito.

Escrito por: Rádio Uirapuru

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