O presidente anunciou o novo ministro, o cardiologista Marcelo Queiroga

Fonte Rede Brasil Atual

Publicado em: 16 de março de 2021

 

No pior momento da pandemia, a pressão sobre o Planalto para a troca no comando do Ministério da Saúde cresceu e derrubou Eduardo Pazuello. A favorita ao cargo, a médica Ludhmila Hajjar, recusou o convite de Bolsonaro. Horas depois, o presidente anunciou o novo ministro, o cardiologista Marcelo Queiroga, mas não sinaliza mudança de rumo para a pasta.

“Se o presidente pudesse, ele não tiraria o Pazuello“, avalia a repórter da Globo Andréia Sadi, convidada de Renata Lo Prete neste episódio. Subserviente ao extremo, fiel executor da política do chefe de não-enfrentamento da pandemia, o terceiro ministro da Saúde do atual governo sobreviveu 10 meses, durante os quais os mortos por Covid saltaram de 15 mil para quase 300 mil. E o general teria durado mais, não fosse a reconfiguração política que começou com a sucessão nas Casas do Congresso e teve capítulo decisivo na semana passada, explica Sadi: “O Centrão está aproveitando o retorno de Lula para reconquistar ministérios que ocupou em outros governos”. No caso específico da Saúde, não só parlamentares, mas também governadores, prefeitos e ministros defendem uma completa mudança de rumo -que ninguém se arrisca a dizer se virá com o médico Marcelo Queiroga. Confirmada no início da noite desta segunda-feira, a escolha do presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, figura próxima do filho mais velho do presidente, causou menos impacto do que a recusa da convidada anterior, a também cardiologista Ludhmila Hajjar. Alegando “incompatibilidade técnica”, ela deixou claro que não teria autonomia, além de relatar as ameaças que sofreu de apoiadores do presidente.

 

Escrito por: Gaúcha ZH

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