Publicado em: 28 de fevereiro de 2020

“O Coronavírus pode estar próximo de nós, não há motivos para pânico, porém o alerta e as precauções devem ser tomadas para prevenir o contágio e a disseminação da mesma”, afirma a médica Talita de Góes.

Nesta semana, a reportagem do Portal ClicNews conversou com a clínica geral, Dra Talita de Góes, que atua como médica no Hospital Santa Terezinha de Fontoura Xavier e na Unidade Básica de Saúde do Município, para tratar sobre o coronavírus, tendo em vista que as notícias de casos suspeitos têm criado pânico na população.

O coronavírus é um vírus transmitido por contato próximo de pessoas infectadas, pelas gotículas de respiratórias e objetos contaminados por gotículas de saliva; espirro; tosse; catarro; contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão; contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos. “Qualquer pessoa que tenha contato próximo (cerca de 1m) com alguém com sintomas respiratórios está em risco de ser exposta à infecção. Mesmo estas pessoas estando no período de incubação, no qual ainda não apresentaram os sintomas, podem transmitir a doença”, explica a médica.

De acordo com a médica o período médio de incubação por coronavírus é de 5 dias, com intervalos que chegam a 12 dias, período em que os primeiros sintomas levam para aparecer desde a infecção. “Os sinais e sintomas do coronavírus são principalmente respiratórios, semelhantes a um resfriado. Podendo, também, causar infecção do trato respiratório inferior, como as pneumonias e insuficiência respiratória leve, moderada e grave. Dependendo do paciente, idade, suscetibilidade e co morbidades prévias (doenças que o paciente já possua) o quadro clínico pode se agravar. Os principais sintomas são febre, tosse e dificuldade a respirar”, explica.

Segundo Talita, o diagnóstico do coronavírus é feito com a coleta de materiais respiratórios (aspiração de vias aéreas ou indução de escarro).  “Essa coleta sempre é realizada em casos suspeitos. Após a confirmação é realizada por exames de biologia molecular que detecte o RNA viral”, afirma.

Em relação ao tratamento, a médica afirma que ainda não existe medicação específica, é indicado repouso e consumo de bastante água, além de algumas medidas adotadas para aliviar os sintomas, febre, dispneia (falta de ar), tosse e os outros sintomas respiratórios, dependendo da gravidade dos mesmos. Em qualquer sintoma suspeito, orienta-se procurar atendimento médico mais próximo.

 

O Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o coronavírus. Entre as medidas estão:

* Lavar as mãos frequentemente com água e sabonete

* Uso de álcool gel nas mãos

* Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.

* Evitar contato próximo com pessoas doentes.

* Ficar em casa quando estiver doente.

* Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo.

* Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com freqüência

* Uso de máscaras em locais com aglomeração de pessoas, principalmente locais públicos frequentados por viajantes (rodoviárias, aeroporto, metrô)

* Evitar compartilhar objetos que tiveram contato com a boca, inclusive o chimarrão.

 

Fonte: Ministério da Saúde: www.saude.gov.br

Escrito por: Daiane Meazza