Publicado em: 18 de julho de 2023

No próximo dia 25 de julho, comemoramos o Dia do Colono e Motorista, essas duas grandes e potentes classes trabalhadoras devem ter um reconhecimento especial, sendo assim escolhemos algumas pessoas para que contassem a sua história de vida.

Paulo da Rosa Batista nasceu e vive em Fontoura Xavier, tem 51 anos e faz 25 anos que dedica sua vida na profissão que escolheu para viver e ter sua renda própria. Começou sua vida trabalhando como mecânico, depois por influência de alguns amigos da época iniciou no transporte e nos caminhões. Acabou se identificando com a profissão, percebeu que era uma oportunidade de ter uma renda significativa e viver bem.

Foi trabalhar em uma empresa de Passo Fundo com outros colegas, ele conta que na época foi muito difícil, pois os horários não conciliavam com os ônibus para voltar pra casa, então quando tinha folga do serviço tinha que voltar pra casa e vim de carona no outro dia. Um tempo muito desafiador, Paulo trabalhou 8 anos nesta empresa.

Quando pegou experiencia, recebeu uma oportunidade de um empresário de Fontoura Xavier e fizeram uma sociedade, na época o empresário tinha os caminhões já e Paulo aceitou fazer parte. Trabalhou com ele 5 anos de sócio, logo após conseguiu comprar o seu caminhão próprio e realizou as suas atividades de caminhoneiro por 7 anos, passou mais um tempo e conseguiu quitar o caminhão e renovou o caminhão.

“A profissão é bem desafiadora, tem seus altos e baixos, não consegue ficar rico com o que ganha, mas consegue viver bem confortável, para quem tem pouco estudo. Quanto o futuro temos que torcer para algumas leis melhorarem e serem implementadas, a fim de beneficiar essa classe trabalhadora. As épocas difíceis sempre têm, agora, por exemplo, está tendo a entre-safra, geralmente a quantidade de transporte diminui e a renda automaticamente também diminui. Passamos por duas estiagens, mas sempre pensamos que tudo um dia melhore. O preço do Diesel é o grande influenciador na renda do caminhoneiro, agora deu uma baixada, mas, em contrapartida, também diminui o preço do frete e fica uma coisa pela outra. Eu por optar ficar mais perto da família, preferi fazer as viagens mais curtas e trabalhar dentro do estado, no máximo Santa Catarina e o Paraná, mas tem colegas que viajam o Brasil inteiro e ficam muito tempo longe de suas casas. Agora que eu consigo fazer viajem mais curta, estou quase sempre todos os finais de semana em casa com a minha família ou uma vez por semana.” Conta Paulo.

 

Escrito por: Jemily dos Santos Rodrigues / Clic News