Publicado em: 15 de agosto de 2023

Nesta última quarta-feira (09/08/2023), em Soledade, aconteceu a 1ª Mostra Científica da 25ª Coordenadoria Regional de Educação e a Escola Estadual de Ensino Médio Érico Veríssimo de São José do Herval conquistou o 1º lugar na categoria alunos do ensino médio.

A 1ª Mostra Científica da 25ª Coordenadoria Regional de Educação propôs o tema Sustentabilidade e Tecnologia para Transformar e reuniu 60 trabalhos apresentados e divididos nas categorias: anos iniciais do ensino fundamental, anos finais do ensino fundamental e ensino médio.

Auxiliados pelas professoras Érica Rogeri e Irene Muttoni Rabaiolli, os alunos do 2º ano do ensino médio da Escola Estadual de Ensino Médio Érico Veríssimo, realizaram o projeto “Casa Sustentável” a partir do tema proposto pela Secretaria Estadual de Educação (SEDUC). A primeira etapa foi escolar, momento em que os alunos desenvolveram o projeto, sob a coordenação das professoras, dividindo tarefas. Para culminância dessa etapa, os trabalhos de todas as turmas foram apresentados início de julho para a comunidade escolar.

Em relação às pesquisas, a professora Irene ficou responsável por toda essa parte. Cada parte da casa foi pensada. O que acontece quando temos uma cisterna em casa, que efeitos a composteira tem, quais são os retornos da energia solar, como a separação de lixo pode ajudar o meio ambiente, o que melhorar quando adquirimos eletrodomésticos sustentáveis, quais são os benefícios de usar material ecológico na construção de uma casa; enfim, todos esses assuntos foram pesquisados, analisados e discutidos pelos alunos.

A produção da maquete ficou por responsabilidade da professora Érica, maquete essa utilizada pelos alunos na amostra científica, a fim de ser base para explicar o trabalho realizado pelos alunos e professoras.

“A nossa mensagem é mostrar para as pessoas que começa em casa a sustentabilidade, o cuidado do nosso planeta, para depois conseguir as grandes ações. Então, o mínimo que tu faz em casa já é de bom tamanho. Mas a gente explicou o impacto que dá quando colocamos uma luz solar, que a longo prazo é retornado esse dinheiro investido. Falamos da cisterna que é o recolhimento da água de chuva, essa mesma água pode ser utilizada para lavar carros, calçadas e no banheiro e, se tratada, pode usar na casa inteira. Temos também a questão da separação de lixo, onde o lixo orgânico vai para a composteira da própria casa sustentável. Nessa composteira a gente cultiva o próprio adubo, usado nas plantas e na horta ecológica. Recolhemos frutas e hortaliças limpas e sem agrotóxicos, porque nós também temos um pomar. ” – Comenta Érica Rogeri, professora dos alunos.

Tratando sobre a apresentação da maquete, foram escolhidos dois alunos para apresentar e defender o projeto aos jurados, Luiza do Prado Soares e Rafael Panis Staroscky. Os dois tiveram uma oralidade ótima e representaram a turma e a escola da melhor forma possível, fazendo comparativos, explicando tudo aos jurados.

“Foi um prazer participar desse projeto e maior ainda foi o prazer que tivemos de representar a nossa escola e nossa turma na amostra científica e trazer esse prêmio para nossa escola. De início tivemos as ideias do projeto em sala de aula, juntamente com as professoras Érica e Irene, fomos desenvolvendo o nosso projeto, pesquisamos todos juntos e todos se dedicaram. Realizamos esse projeto durante aproximadamente um mês. Construímos a maquete, as pesquisas científicas e tudo isso valeu a pena. Nós nos dedicamos muito no projeto, principalmente em sala de aula, porém fomos participar do projeto da amostra científica sem muita esperança de ganhar, mas sim do privilégio de estar participando e mostrando o projeto para quem estava presente. Tudo que poderia ser perguntado a gente foi atrás, estudou e pesquisou muito. Fomos elogiados pelos juízes no decorrer da apresentação, ficamos com esperança de ganhar ao menos um terceiro lugar, mas quando veio o primeiro lugar, ficamos imensamente felizes.” Relata a aluna Luiza questionada sobre o sentimento de dever cumprido sobre a amostra.

“No começo eu estava um pouco nervoso por ter que ir apresentar o projeto em público, mas foi uma experiência muito boa apresentar em Soledade e também foi bom ver outros projetos. O nosso projeto não teve a melhor maquete por conta da falta de materiais, mas tinha muito conteúdo que é uma casa que não polui o meio ambiente com uma cisterna na casa, energia solar e até mesmo materiais ecológicos que são melhores para o meio ambiente e os materiais ecológicos foram o maior diferencial do nosso projeto para os outros e no geral foi uma experiência muito legal fazer e apresentar esse projeto.” Pontua o aluno Rafael, falando sobre o sentimento de alegria ao realizar o projeto.

“Foi gratificante ganhar o primeiro lugar, não imaginávamos ganhar, fomos lá humildemente representar nossa escola e mostrar para todos o bem da casa sustentável. Agora nessa outra etapa somente aqueles que ganharam primeiro lugar vão para Porto Alegre representar a região. Todos os projetos serão representados por nós e pelos níveis vencedores. É uma responsabilidade muito grande, pois estaremos lá representando muitas pessoas e principalmente a região. Agradecemos muito a equipe diretiva, equipe pedagógica, que não mediram esforços para nos ajudar dentro das condições da escola. Agradecemos a confiança depositada e estamos muito felizes em poder levar o nome da nossa cidade, da escola e atualmente de uma região inteira. Nesta última etapa vamos concorrer com todas as escolas vencedoras de cada região do Estado e veremos os resultados após isso.” – Finaliza e agradece, Érica Rogeri.

A professora Irene já trabalha projeto há mais tempo na escola e diz que ama fazer isso. Procura sempre pesquisar problemas que a sociedade enfrenta e, após as pesquisas, colocar ações em prática na própria escola. “A partir desse projeto, será retomada a reciclagem do lixo, construída uma composteira para a horta que já está em andamento. Além de fazer um diferencial na escola, de transformar, como o próprio tema apontava, estaremos incentivando nossos alunos a mudar de prática em suas casas e, no futuro, construir habitações sustentáveis ambientalmente, com tecnologia de ponta. “ Diz a professora Irene.

Escrito por: Jemily dos Santos Rodrigues / Clic News