Dois de fevereiro, dia de celebrar a religiosidade das divindades das águas: Nossa Senhora dos Navegantes e Iemanjá

Publicado em: 31 de janeiro de 2023

Nossa senhora dos Navegantes, também conhecida como Estrela do Mar,  aquela que protege os navegantes mostrando-lhes sempre o melhor caminho e um porto seguro para a chegada.

Essa devoção iniciou-se junto das grandes navegações dos Portugueses e Espanhóis, quando os mesmos decidiram ir em busca de novas rotas e descobrir novas terras pelo mundo, originando assim a padroeira dos navegantes e dos viajantes.

Quando os primeiros colonizadores portugueses chegaram ao Brasil, com eles também desembarcou a devoção a Nossa Senhora dos Mares, da Boa Viagem, a Estrela do Mar, a Nossa Senhora dos Navegantes. Pescadores simples e valentes, sempre faziam as orações a Nossa Senhora dos Navegantes antes de irem para o mar buscar o sustento para a família e o trabalho para sobreviverem.

 Emanjá, é uma das mais populares orixás da Umbanda. E no dia 2 de fevereiro, a “Rainha do Mar”, é lembrada pela fartura, força espiritual e o axé dos mares. Ela é conhecida pelos devotos por harmonizar relacionamentos, ajudar as mulheres a engravidarem e trazer riquezas e fartura aos seus filhos. Mas; nem sempre Iemanjá pôde ser cultuada livremente, e no período da escravidão no Brasil, ela foi sincretizada a figuras católicas, principalmente com Nossa Senhora dos Navegantes.

No Rio Grande do Sul e em Santa Catarina ainda existe o sincretismo entre Iemanjá e Nossa Senhora dos Navegantes (por isso que algumas imagens de Iemanjá são representadas por uma mulher branca, uma referência à santa católica). Já no Rio de Janeiro, Iemanjá é sincretizada com Nossa Senhora da Conceição, dentre outras denominações.

Iemanjá é uma das divindades mais cultuadas no Candomblé e na Umbanda. Considerada a mãe de quase todos os Orixás. Iemanjá também é venerada como protetora dos lares, das crianças, gestantes, e invocada na hora do parto e por todos que desejam ser felizes no casamento.

Sincretismo entre Nossa Senhora e Iemanjá

Para muitos estudiosos as duas são a mesma pessoa. Os diferentes nomes se devem a um conflito ocorrido no século XVIII, imposto por um choque entre as diferentes religiões dos negros trazidos da África com o catolicismo no Brasil. Dessa forma, os negros incorporaram a nova religião onde os orixás foram associados aos santos católicos.

 

Escrito por: Dilene Zonatto/ Bernadetes Alves

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