Como grupo que assumiu a Corsan pretende avançar na universalização do acesso ao saneamento básico no RS

Publicado em: 13 de julho de 2023

Ao assumir a Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), o grupo Aegea promete investimentos de R$ 100 milhões nos primeiros 100 dias para garantir melhorias no fornecimento de água e saneamento básico para as mais de 300 cidades antes atendidas pela estatal.

O grupo foi o vencedor do leilão promovido pelo governo do estado, com lance de mais de R$ 4 bilhões. Decisões judiciais barraram a concretização do negócio, até que, na semana passada, o contrato foi assinado.

A empresa tem pela frente o desafio de avançar no cumprimento da meta pactuada pelo governo federal para universalização dos serviços de saneamento, providenciando 90% de cobertura do tratamento de esgoto e 99% de fornecimento de água. O prazo vai até 2033. Atualmente, o governo do estado está longe da meta, e abaixo da média nacional: 34,1% dos moradores do RS têm acesso à rede de esgoto.

Na área da Corsan, são 19,8% moradores com acesso a esgoto. A média nacional é de 55,8%. No que diz respeito a esgoto tratado, apenas 25,3% da população do RS tem acesso, enquanto a média nacional é de 51,2%.

Na área da Corsan, 84,4% do esgoto coletado é descartado sem tratamento na natureza

Vice-presidente de operações do grupo Aegea, Leandro Marin afirma que a empresa está comprometida a aumentar esses índices. “O principal investimento a ser feito diz respeito aos problemas relacionados à falta de cobertura da rede de esgotamento sanitário, mas também ao combate à insegurança hídrica e seus impactos, como a falta d’água, a intermitência do abastecimento e outros problemas crônicos de diversas regiões do estado”, afirma.

Dez cidades devem ter obras de maior impacto nas redes de água e esgoto nos próximos meses, conforme o grupo:

Alpestre
Lagoa Vermelha
Campo Bom
Passo Fundo
Gravataí
Viamão
Canoas
Bento Gonçalves
Fontoura Xavier
Alegrete
Foco no Litoral Norte

A empresa também trabalha para resolver o que classifica como um “dos mais emblemáticos casos de insuficiência da cobertura dos serviços de esgoto” do RS: a falta de esgoto nas praias do Litoral Norte.

O acesso ao esgoto nos mais de 50 municípios que formam a região é de 26%, cenário considerado grave, ainda mais em períodos de aumento populacional durante o veraneio. A empresa lembra que há risco de deságue de volumes não tratados em áreas utilizadas por banhistas, o que compromete a balneabilidade.

A empresa se compromete a investir em melhorias operacionais, substituir a utilização de bacias de infiltração, entre outros.

Combate à falta de água
Outro eixo defendido pela empresa é o combate à falta de água e redução do uso de caminhão pipa. As cinco cidades que mais utilizaram esse tipo de abastecimento foram Fontoura Xavier, São Valentim, Pinto Bandeira, São João da Urtiga e Derrubadas.

Os três principais causadores da interrupção no abastecimento de água são manutenções do sistema, rompimentos de rede/adutora/ramal e falta de energia elétrica, seguida por disponibilidade hídrica, explica a empresa.

Escrito por: G1 RS

Compartilhe: