Publicado em: 11 de julho de 2023

A Câmara de Vereadores de Candelária, a 187 km de Porto Alegre, abriu processo de cassação do mandato de Rogério Gomes da Silva (PSB), investigado pela Polícia Civil por crime sexual contra quatro adolescentes durante uma partida de futebol, em 30 de junho.

A decisão unânime foi tomada durante sessão de votação ocorrida na segunda-feira (10). Foram 11 votos favoráveis e nenhum contra.

Por meio de seu advogado, Joel Pereira Nunes, o vereador negou as acusações e disse que “lamenta a situação, que não sabe o que pode ter ocorrido para gerar esse mal entendido e que terá a inocência comprovada”.

O delegado Tiago Bittencourt, responsável pela investigação, confirma que Silva é suspeito de importunação sexual e que ele vai responder pelo crime em liberdade.

Em entrevista à RBS TV, um dos adolescentes que teria sido vítima do vereador contou o que aconteceu durante a final do Campeonato Municipal de Futsal, que ocorria no Ginásio Walter Fielter.

“Eu estava na frente do banheiro vendo o jogo quando, de repente, ele veio na direção das meninas (…) Ele foi alisando a mão nas gurias, nas partes das meninas. De repente, ele já veio pra cima de mim, passando a mão em mim, alisando meu corpo e aí eu saí de lá”, conta.
Vereador mais votado da cidade na última eleição, em 2020, com 1.172 votos, Silva não comparece na Câmara desde o dia 3 de julho. Ele está de atestado médico, válido por 15 dias, e deve retornar ao trabalho dia 19.

Prazo para processo de cassação
Os vereadores têm 90 dias para decidir se Silva vai ser cassado.

Apesar do processo de cassação ter sido aberto, ele pode comparecer normalmente nas sessões, votar e propor projetos.

 

Escrito por: G1 RS