Publicado em: 23 de março de 2021

O organismo humano é nutrido de dentro para fora; é nesse contexto, que o sistema imunológico atua. Ele existe para nos proteger de agentes ambientais nocivos, especialmente organismos patogênicos.

Portanto, uma boa nutrição que forneça uma adequada gama de nutrientes cria um ambiente no qual o sistema imunológico é capaz de responder adequadamente ao desafio e a reduzir o risco de infecções respiratórias graves.

De acordo com a Nutricionista Nicoli Rheinheimer, a nutrição adequada é a principal aliada para uma vida saudável. Sendo assim,  com a chegada do Covid-19 a população tem procurado cada vez mais um profissional habilitado para orientação. Em entrevista, a nutricionista explica algumas vitaminas importantes para o corpo combater às doenças.

 

Vitamina D

A vitamina D, uma das principais vitaminas do corpo humano tem aparecido com mais frequência no dia-a-dia. “Um dos fatores importantes que devem ser ressaltados é de que a vitamina D não se baseia somente em suplementação, mas também no fator solar”, enfatiza Nicoli.

Ainda, a nutricionista informa que no Rio Grande do Sul, por seu longo período de inverno, há muita deficiência de vitamina, o que aumenta o número de pacientes com déficit. “Embora o paciente suplemente vitaminas e esteja com a alimentação equilibrada, a exposição solar é indispensável”, diz.

Vitamina C

A vitamina C, onde se incluem principalmente os antioxidantes, possui como principal fontes as frutas, como por exemplo morango, kiwi, laranja e limão. “A castanha de caju é uma das principais fontes de zinco . Também, a castanha do Brasil é uma das principais fontes de selênio. Entretanto, o consumo das castanhas em nossa região é raro”, frisa a Nutricionista.

Estudos tem demonstrado, que a suplementação de vitamina D, zinco e selênio em estágio inicial de Covid-19, foram importantes para aumentar a resistência do hospedeiro contra infecções virais.

A nutricionista, sugere que assim que o paciente consumir um alimento rico em ferro, como por exemplo, carnes e feijão, ele ingira uma fonte cítrica. “Pode ser uma fruta, como limão, laranja, abacaxi ou suco do mesmo. Pois essa fruta cítrica irá fazer com que os níveis de ferro se potencializem, ou seja, que seja mais absorvido pelo corpo”, exemplifica.

Complexo B

As vitaminas do complexo B servem para regular a produção de energia no organismo, manter a saúde do sistema nervoso, da pele, dos cabelos e do intestino. Além disso, elas são importantes para prevenir anemia e fortalecer o sistema imunológico, onde podemos citar: carnes de modo geral e vísceras, como fígado.

A nutricionista afirma que o suplemento vitamínico não é o suficiente para a saúde do indivíduo. “Para os pacientes que ingerem suplementação, é importantíssimo potencializar com uma alimentação adequada.”, ressalta.

Algumas dicas foram ressaltadas pela profissional, foram:

• Prefira sempre alimentos in natura ou minimamente processados, ou seja: alimento in natura é todo alimento que é colhido da natureza sem passar por nenhum processo industrial ou de adição de conservantes, como: frutas, verduras, legumes, grãos, raízes ou oleaginosas (alimentos crus).

 

•  Consumir, ao menos, três porções de frutas e duas porções de verduras, de preferencia regionais e da safra, além de alimentos integrais, como arroz integral, pão integral.

 

• Manter uma boa ingestão de água ao longo do dia para se manter hidratado. A recomendação deve ser em media, de 30 a 35 ml/kg/dia.

Ex: Indivíduo pesa 70kg. (70kg x 35ml/kg) = 2 litros 450ml de água, é o ideal para esse indivíduo.  A hidratação deve receber atenção especial em idosos, que podem ter reflexo da sede diminuído e indivíduos acometidos com COVID-19 com sintoma de febre e tosse.

OBS: a ingestão de água deve ser lenta, POUCA quantidade cada vez que o indivíduo for tomar. Ir tomando ao longo do dia, pouco a pouco.

• Dar preferência a carnes magras, leite e derivados com baixo teor de gordura e preferir fontes de gorduras boas como sementes, castanhas de caju ou do Pará e azeite de oliva extra virgem.
• Para lactantes, o aleitamento materno deve ser mantido. Até o momento, não há evidências de que o vírus possa ser transmitido pelas mães por meio do leite materno. Desse modo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde orientam que a amamentação deve ser mantida, em virtude do seu papel na prevenção de diversas doenças. Ressalta-se que se recomenda amamentar de forma exclusiva ate os 06 meses e, a partir dessa idade, introduzir a alimentação complementar.
  
  
• Chás calmantes, em casos de pacientes ansiosos: camomila e melissa.
  
  
•  Manter o sono regular, 7 à 8hs/dia.
  É fundamental que seja adotada uma rotina regular do sono, com um horário determinado para dormir e acordar. O corpo opera com ritmo, estimulando a secreção de melatonina – hormônio que induz o sono – e reduzindo a temperatura corporal na hora em que se dorme.
• Devem ser evitados temperos industrializados, estes, devem ser substituídos por temperos naturais. Destaca-se temperos naturais como açafrão, chimichurri, salsa, cebolinha, cúrcuma, páprica, orégano, colorau e ervas finas, que além de serem benéficos a saúde, ajudam a tornar o alimento mais atrativo e saboroso.

Ainda, a nutricionista informa que para os pacientes com Covid, o desconforto gástrico é frequente. “Recomendo para o paciente, que ele continue realizando suas refeições normalmente, mesmo que não tenha apetite. Principalmente durante a quarentena, é importante também evitar café preto, chá verde, chá preto e chimarrão em excesso”, argumenta.

A  nutricionista informa que a perda de olfato (sentir o cheiro) e paladar (sentir o sabor dos alimentos) é decorrente e comum acontecer durante e pós Covid.

“É de extrema importância que o indivíduo insista em se alimentar. Realizar de 6 a 8 refeições ao dia, como: café da manhã (7h); lanche da manhã (10h); almoço (12h); lanche da tarde (15h); lanche da tarde (17h); jantar (20h) e ceia (21h30min), comendo em pequenas quantidades cada vez” aposta Nicoli.

 

Escrito por: ClicNews/ Gabrieli Quevedo Moreira