Médico residente em pediatria é preso por armazenar e compartilhar pornografia infantil em Passo Fundo

Publicado em: 13 de junho de 2025

Na manhã de quinta-feira, 12 de junho de 2025, a Polícia Federal prendeu em flagrante um médico de 27 anos, residente em pediatria no Hospital de Clínicas de Passo Fundo, no norte do Rio Grande do Sul. O motivo da prisão foi o armazenamento e o compartilhamento de imagens de exploração sexual infantil.

O suspeito também atuava como aspirante a oficial do Exército. Ele fazia residência médica por meio da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS). A prisão aconteceu durante uma operação da Polícia Federal chamada “Operação Moloch”, que tem como objetivo combater crimes relacionados à pornografia infantil na internet.

Investigação começou com alerta da polícia do Canadá

A investigação teve início após um alerta enviado pela polícia da província de Ontário, no Canadá, que monitora crimes cibernéticos. O aviso indicava que imagens com conteúdo ilegal estavam sendo enviadas a partir de um endereço no Brasil. A Polícia Federal então rastreou o sinal da internet e descobriu que os arquivos estavam sendo compartilhados na cidade de Uruguaiana, onde o suspeito morava anteriormente. Depois, os investigadores constataram que ele havia se mudado para Passo Fundo, onde passou a fazer residência médica.

Com base nessas informações, os policiais conseguiram um mandado judicial para entrar na casa dele. Durante o cumprimento do mandado, os agentes encontraram imagens de abuso sexual infantil armazenadas em equipamentos eletrônicos, como computador e celular. Ele foi preso no local.

Segundo a Polícia Federal, não há até o momento indícios de que o médico tenha produzido o material. Porém, o simples ato de armazenar e compartilhar esse tipo de conteúdo já configura crime.

Hospital e universidade se manifestam

O Hospital de Clínicas de Passo Fundo informou que está “encaminhando as providências necessárias” após tomar conhecimento da prisão. Já a UFFS (Universidade Federal da Fronteira Sul), até a tarde de sexta-feira (13), não havia emitido uma nota oficial, mas declarou à imprensa que está à disposição das autoridades e que tomará medidas internas, se necessário.

Conselho de Medicina acompanha o caso

O Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (Cremers) também está acompanhando o caso e informou que já abriu uma sindicância para apurar a conduta do médico. Caso as denúncias sejam confirmadas, o Cremers pode aplicar punições que vão desde advertência até a cassação definitiva do registro profissional.

Consequências legais

O suspeito foi levado para o sistema prisional e responderá por armazenamento e compartilhamento de pornografia infantil, crimes previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). A pena para esses crimes pode chegar a seis anos de prisão, além de multa.

A Polícia Federal segue investigando o caso para saber se outras pessoas estão envolvidas ou se houve repasse de material para outros países. As investigações continuam sob sigilo.

Escrito por: O Clic

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