“A fome emocional está envolvida como um “escape”, diz a Nutricionista Nicóli Rheinheimer

Publicado em: 29 de setembro de 2021

Nutrição X Ansiedade

O setembro amarelo está chegando ao fim, mas dialogar sobre o assunto “saúde mental” na sociedade, e durante o período de pandemia tornou-se ainda mais fundamental.

Durante todo o mês, os profissionais da saúde do município de Fontoura Xavier estiveram fazendo campanhas de conscientização, palestras e ações que promovessem saúde mental e fornecessem explicações sobre o funcionamento do corpo, entre esses profissionais, a Nutricionista Nicoli Rheinheimer teve um importante papel no desenvolvimento desta pauta no município.

Ao falar sobre nutrição e alimentação, a Nutricionista Nicóli Rheinheimer ressalta alguns pontos importantes. “Falando em nutrição e alimentação; primeiramente eu preciso analisar a forma como eu me alimento; se me alimento de forma muito rápido ou de forma mais lenta; ou seja, a minha “mastigação”, ressalta.

Em uma breve e curta explicação, Nicoli explica a importância dos cuidados em relação a mastigação. “A maneira como eu me alimento impacta diretamente na minha absorção de nutrientes, no meu processo de digestão e também na minha saciedade. O que acontece na maioria dos casos, em pacientes ansiosos; é que esse paciente não mastiga de maneira correta o alimento. Esse processo ocorre de forma muito rápida; é quando o paciente não tem a percepção de saciedade e posteriormente se excede na quantidade de alimentos ingeridos ao longo do dia”, diz.

A profissional explica que o sentido e quando ocorre a “Fome Emocional”. “A fome emocional ocorre em sequência dessa mastigação muito rápida. Como o próprio nome já diz a “fome emocional” provém das emoções, dos nossos sentimentos; seja ele de alegria, de tristeza, de sentir-se preocupado, ansioso. É aquela fome repentina de muitas vezes estar em casa e ficar a procura de algo para comer. A fome emocional está envolvida como um “escape”, utilizando o alimento como modo de trazer tranquilidade e alívio para “acalmar” esses sentimentos. É o que eu explico aos pacientes, que a gente “come emoções”, finaliza.

A Nutricionista Nicóli Rheinheimer forneceu algumas dicas. Confira:

Alimentos a serem evitados por pessoas que sofrem de ansiedade:

– Consumo de preparações à base de açúcar branco (bolos, bolachas,…);

– Bebidas a base de cafeína (café preto, excesso de chimarrão, refrigerantes e bebidas alcoólicas em geral);

Alimentos que promovem maior sensação de bem estar (ocorrendo a liberação do hormônio da felicidade, chamado endorfina) e que podem estar sendo incluídos na rotina alimentar:

–  Chocolate meio amargo em vez daquele chocolate bem doce ao leite;

– Consumo de peixes, alimentos que possuem grande quantidade de ômega 3 (nutriente anti-inflamatório);

– Consumo de alimentos crus (frutas e verduras);

Chás que podem estar aliados ao tratamento não medicamentoso, promovendo maior controle da ansiedade:

– Chá de camomila;

– Chá de hortelã;

– Chá de melissa.

Os chás citados acima possuem propriedades relaxante e calmante natural. Vale ressaltar que, devem ser ingeridos sem açúcar, 1 xícara média por dia pode ser ingerida, à noite e naqueles momentos em que a pessoa se sinta muito ansiosa.

Em casos mais severos relacionados à condições de ansiedade e alimentação, existem os chamados “Transtornos alimentares”.

A nutricionista explica que transtornos alimentares são distúrbios psiquiátricos de etiologia multifatorial caracterizado por consumo, padrões e atitudes alimentares extremamente perturbadas e excessiva preocupação com o peso e a forma corporal. “Em pacientes com transtornos alimentares, são observados comportamentos alimentares desordenados, desorganizados e inadequados”, frisa Nicóli.

Por fim, a Nutricionista Nicóli esclarece que existem três tipos de transtornos alimentares, são eles:

Anorexia nervosa: É caracterizada pela perda intensa de peso corporal à custa de dieta rígida, busca pela magreza, distorção da imagem corporal e alterações do ciclo menstrual.

Bulimia nervosa: É caracterizada pela rápida e grande ingestão de alimentos, levando a sensação de perda de controle de seu próprio comportamento alimentar, seguida de métodos compensatórios inadequados para o controle de peso corporal, como vômitos auto induzidos, utilização de diuréticos, inibidores de apetite e laxantes; realização de dietas e exercícios físicos.

Ortorexia nervosa: É caracterizada por indivíduos com escolhas alimentares acompanhadas de uma preocupação exagerada com a qualidade dos alimentos, dieta livre de agrotóxicos, pesticidas e outras substâncias artificiais. Fixação por saúde alimentar e o uso e consumo exclusivo de “alimentos saudáveis”.

Nicóli Rheinheimer – Nutricionista – CRN-2 14776D

Escrito por: ClicNews/ Gabrieli Quevedo Moreira / Nicóli Rheinheimer

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