37 anos depois filha e mãe se reencontram

Publicado em: 1 de agosto de 2019

“Precisamos de tempo para nos conhecermos, para sermos mãe e filha”

Depois de 37 anos um encontro emocionante entre mãe e filha. Uma história que “parece de novela”, como define Claudete Castilhos de Godoy, que com 8 meses foi tirada da casa da família por uma conhecida da mãe dela. “Minha mãe contou que eu tinha tétano e essa mulher, chamada Irma, que era amiga da família se ofereceu para cuidar de mim. Eu precisava tomar leite, minha mãe não tinha. Na casa da Irma, tinha vaca de leite. Minha mãe então aceitou que ela cuidasse de mim por um período. O que aconteceu, porém foi que a Irma foi até o cartório e me registrou como filha dela”, explica Claudete. Tudo isso aconteceu na cidade de Descanso, próximo a São Miguel do Oeste / SC.
Quando Claudete completou 1 ano e dois meses, Irma entregou a menina para outra família, que foi quem a criou. “Com uns 6 ou 7 anos eu escutei minha mãe falando para uma pessoa que eu não era filha de sangue deles, mas encarei de forma bem tranquila. Nem entendia direito o que significava aquilo. Com 14 anos eu precisei uma segunda via da Certidão de Nascimento e dai descobri que minha mãe, na certidão, era a Irma”.

Achando que a Irma era sua mãe verdadeira, Claudete foi atrás dela, que por sua vez contou que não era sua mãe verdadeira, porém mentiu sobre o nome da verdadeira mãe, o que impossibilitou Claudete de encontrá-la apesar de muito esforço.
“37 anos depois, a esposa do meu irmão de sangue me encontrou através do Facebook. Acreditando que eu pudesse ser a criança que eles perderam quando pequena, ela me chamou e começamos a conversar, foi então que confirmei que eles eram minha verdadeira família de sangue”, explica Claudete.
Ela conta que um encontro foi marcado, mas por motivos alheios não aconteceu. Na semana que passou, porém, uma surpresa, ao chegar em casa ela se deparou com a mãe, irmão e a cunhada. “Meu esposo, Juarez Teles e meu irmão, Roberto Solidário, organizaram a vinda da minha mãe de sangue, Geci Solidário, para Fontoura Xavier.

O encontro aconteceu no final da tarde da sexta-feira, dia 26 de julho. O reencontro foi marcado por muita emoção. “Foi maravilhoso, não existem palavras para descrever o que senti. Posso dizer, que tirando o dia que meus filhos nasceram, esse foi o melhor dia da minha vida”, fala emocionada.
Claudete afirma que agora tudo é uma questão de tempo. “O meu irmão parece que eu já conhecia, a gente tem uma ligação muito forte. A minha mãe é uma pessoa mais reservada. Eu sofri muito com tudo isso, mas ela com certeza sofreu muito mais do que eu. Precisamos de tempo agora, para nos conhecermos, para convivermos, para sermos mãe e filha”, finaliza.

Escrito por: Daiane Meazza

Compartilhe: